Sexta-feira da Paixão, nosso 2º dia de viagem. Saímos da pousada no Pelourinho e fomos andado até o Terminal Marítimo do Mercado Modelo que fica em frente ao Elevador Lacerda. Como estávamos no Pelourinho deu pra gente ir andando e pelo caminho vimos algumas coisas interessantes como uma homenagem a Zumbi dos Palmares e o Monumento “Cruz Caída”, então chegamos na Praça Thomé de Souza, onde ficam o Palácio Rio Branco e o Elevador Lacerda.
Palácio Rio Branco
O Elevador Lacerda esta entre os cartões postais mais famosos da Bahia, ele liga a cidade alta com a cidade baixa, foi o primeiro elevador do mundo a servir de transporte público. Pagamos R$ 0,50 e descemos para pegar o catamarã, a vista é bem bacana.
Elevador Lacerda
Mercado Modelo
Há algumas formas de chegar na Ilha, pode ser de avião, de catamarã+ônibus e só de catamarã. O catamarã é o mais barato, R$ 75,00, então foi esse que escolhi. Nunca tinha entrando em um desses e a promessa era de 2 horas de viagem. Reservei pela internet 1 mês antes Site oficial.
Entramos no catamarã e partimos, devia ter umas 50 pessoas. Como era nossa primeira vez saímos do banco e ficamos lá frente curtindo a paisagem. Até aí estava tudo lindo.
Depois de 15 minutos as ondas começaram a ficar mais fortes, aí era hora de tomar cuidado para não tomar um banho, mas até aí ainda estava tudo bem.
De repente começou uma chuva fina e nem o Jet Lee conseguiria mais desviar das ondas entrando no barco de tão forte que estavam, nessa hora olhei para o lado e vi várias pessoas vomitando.
Uma onda atravessou a porta da frente e encharcou uma garota que estava sentadinha, deu pena. Corri para tomar meu Dramin, me disseram que esse remédio evitava vômito. Um funcionário falou que quem estivesse enjoado poderia ir para trás do barco, onde balançava menos. Nem bem ele terminou de falar e todas as pessoas correram lá pra trás. como não tinha mas lugar pra ficar sentada aqui atrás ficamos em pé mesmo, mas foi a melhor coisa, porque a onda vinha sem pena na cara das pessoas rs. Só tinha um problema, eu estava agarrada na lixeira, onde os funcionários jogavam os saquinhos de vômitos e o cheiro estava insuportável, nessa hora tomei outro Dramin.
Eu já estava cansada de ficar em pé e também cansada daquele cheiro horrível quando perguntei a uma funcionária que horas eram e pasmei que só tinha passado 1 hora. Perguntei se ainda faltava muito pra chegar, ela me olhou com uma cara bem natural e disse: Falta! Hoje é um dia atípico, esse mar revolto assim é muito raro.
Legal, então eu que sou azarada rs.
O fedor estava dentro e fora do barco, com o detalhe de que as cadeiras estavam todas vazias pois, as pessoas estavam no fundo do catamarã, então vi meu marido sentado e fui sentar também.
Quando de repente olho pra ele e ele também está vomitando, nessa hora resolvi me entregar, já não tinha mais forças nem pra segurar o vômito, aquele barco chacoalhando mais do que um sambista, me estiquei em umas cinco cadeiras e deitei, então pensei: Meu Deus, recebe meu espírito!
Depois disso eu simplesmente apaguei, não vi mais nada, acordei com meu marido falando: Levanta, chegamos!
Quando abri os olhos eu vi um mar calmo, o sol brilhando e pássaros voando, então perguntei: Chegamos onde? No céu?
Parecia que nada tinha acontecido, que foi tudo um pesadelo rs.
Espero que você não tenha ficado assustado rs. Como a funcionária disse, isso é raro acontecer. Na dúvida eu voltei de Catamarã+Ônibus onde a maior parte é feita por terra.
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